PODER ECONOMICO E MEDIATICO
"Os jornalistas devem prevenir-se contra o pecado da arrogância, aceitando construtivamente a crítica e estimulando a auto-crítica" Foi com esta frase para alguns polémica que se terminou o congresso de jornalistas portugueses, dando início a alguns estudos sobre a interactividade no jornalismo, bem como a problemática dos dois poderes fundamentais no mundo de hoje: o económico e o mediático.
Dizer que o jornalismo actual é um negócio, deixando de parte o serviço prestado à sociedade vai certamente ser levada como uma afirmação incendiária, principalmente para aqueles que não estão inseridos nos meandros da comunicação. Por outro lado, todos os profissionais desta área, bem como alguns dos mais curiosos tomaram já consciência de que nada se faz no sentido de informar imparcialmente o leitor, quando muito tenta-se fazer uma junção das duas. É, segundo Herbert Marcuse, "A subjugação do consumidor à escala das necessidades". A vertente económica continuará a ser a mais importante. Como afirmou Isabel Ferín Cunha no congresso da associação portuguesa de ciências da comunicação, " Os media são empresas de carácter lucrativo (.)", ou seja, tudo o que se produz é feito no sentido de perseguir os gostos e as necessidades dos leitores, logo o código deontológico poderá ser posto aqui em causa.
Com o aparecimento da Internet como meio de comunicação, este mercado vê-se alargado, na medida em que no mesmo ecrã, estão juntos a televisão, o cinema, a musica, os jogos de vídeo, a informação, o desporto, as bilheteiras de espectáculo e de viagens, o correio electrónico, a documentação, entre outros. "A internet toma, assim, progressivamente, a forma de uma galeria de mercado, de um imenso centro comercial planetário", afirma Ignacio Ramonet.
Por outro lado, as coisas estão facilitadas com a interactividade, ou seja, a participação activa dos leitores que podem, assim, comentar e dar sugestões on-line. Cada vez que consultamos um meio de comunicação on-line, muitos são os textos assinados onde em anexo aparece o endereço do jornalista em causa, para que se possa comentar o que foi escrito e dar mesmo algumas sugestões. Deste modo é mais fácil controlar as preferências das audiências. Posso dar como exemplo a expulsão de um concorrente do programa big brother a 17/4/2001 que aqueceu o fórum net do programa. O jornal de Notícias escreveu acerca do poder das votações dos cibernautas dizendo que, "no primeiro programa da televisão portuguesa a deter um fórum de discussão a vontade dos seus espectadores mais atentos se sobrepôs ao interesses de produção e talvez da estação".
Este assunto foi também discutido no congresso de Jornalistas portugueses, onde se prevenia os jornalistas "contra o pecado da arrogância, aceitando construtivamente a critica e estimulando a auto-critica".
Termino em tom de conclusão, com uma afirmação de Ramonet, "O problema é que informação se transformou em espectáculo. Os textos são breves, curtos, publicitários. As notícias são dadas em dropes para evitar o suposto tédio do leitor. A consequência é que não há reflexão, ninguém sabe de verdade o que acontece, quais são os interesses envolvidos em determinados factos".
10.04
Dizer que o jornalismo actual é um negócio, deixando de parte o serviço prestado à sociedade vai certamente ser levada como uma afirmação incendiária, principalmente para aqueles que não estão inseridos nos meandros da comunicação. Por outro lado, todos os profissionais desta área, bem como alguns dos mais curiosos tomaram já consciência de que nada se faz no sentido de informar imparcialmente o leitor, quando muito tenta-se fazer uma junção das duas. É, segundo Herbert Marcuse, "A subjugação do consumidor à escala das necessidades". A vertente económica continuará a ser a mais importante. Como afirmou Isabel Ferín Cunha no congresso da associação portuguesa de ciências da comunicação, " Os media são empresas de carácter lucrativo (.)", ou seja, tudo o que se produz é feito no sentido de perseguir os gostos e as necessidades dos leitores, logo o código deontológico poderá ser posto aqui em causa.
Com o aparecimento da Internet como meio de comunicação, este mercado vê-se alargado, na medida em que no mesmo ecrã, estão juntos a televisão, o cinema, a musica, os jogos de vídeo, a informação, o desporto, as bilheteiras de espectáculo e de viagens, o correio electrónico, a documentação, entre outros. "A internet toma, assim, progressivamente, a forma de uma galeria de mercado, de um imenso centro comercial planetário", afirma Ignacio Ramonet.
Por outro lado, as coisas estão facilitadas com a interactividade, ou seja, a participação activa dos leitores que podem, assim, comentar e dar sugestões on-line. Cada vez que consultamos um meio de comunicação on-line, muitos são os textos assinados onde em anexo aparece o endereço do jornalista em causa, para que se possa comentar o que foi escrito e dar mesmo algumas sugestões. Deste modo é mais fácil controlar as preferências das audiências. Posso dar como exemplo a expulsão de um concorrente do programa big brother a 17/4/2001 que aqueceu o fórum net do programa. O jornal de Notícias escreveu acerca do poder das votações dos cibernautas dizendo que, "no primeiro programa da televisão portuguesa a deter um fórum de discussão a vontade dos seus espectadores mais atentos se sobrepôs ao interesses de produção e talvez da estação".
Este assunto foi também discutido no congresso de Jornalistas portugueses, onde se prevenia os jornalistas "contra o pecado da arrogância, aceitando construtivamente a critica e estimulando a auto-critica".
Termino em tom de conclusão, com uma afirmação de Ramonet, "O problema é que informação se transformou em espectáculo. Os textos são breves, curtos, publicitários. As notícias são dadas em dropes para evitar o suposto tédio do leitor. A consequência é que não há reflexão, ninguém sabe de verdade o que acontece, quais são os interesses envolvidos em determinados factos".
10.04

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