domingo, julho 20, 2003

teorias comparadas de expressão jonalística

rios de informação

Propus-me a analisar o jornal de noticias durante uma semana, do dia cinco ao dia onze de Março, de forma a concluir como é que este jornal aborda a tragédia da ponte de Entre-os-Rios e qual a importância e o desenvolvimento dados ao acidente.
Tentei perceber qual o dia mais mediatizado, qual o aspecto que tinha maior importância e de que forma é que essa informação ia de algum modo contribuir para a diminuição da ansiedade das famílias e também vitimas da tragédia.
A análise ao jornal foi feita por etapas de forma a organizar e coordenar as ideias, transmitindo-as de modo clarividente para quem efectivamente as tentasse entender. O primeiro passo do trabalho foi dividir o jornal de forma temática tentando decifrar percentualmente qual o tema ou temas mais abordados, de modo a tornar o estudo mais compreensível. De seguida propus-me a subdividir a questão mais mediatizada durante a semana de estudo, a catástrofe da ponte, dividindo-a da mesma forma por temas e contabilizando por percentagens qual o facto mais abordado, considerado mais importante para os jornalistas do JN e qual o seu desenrolar durante toda a semana, de modo a esclarecer bem os leitores mais exigentes.
Devo dizer que durante a contagem das percentagens por tema, não incluí a primeira página que apresentava sempre o mesmo tema – a tragédia no Douro – mas levei essa página em consideração, de forma a que, de entre os subtemas, pudesse ver qual era o mais evidenciado na primeira página e os factos mais importantes do acidente nesse dia da semana de estudo.
Será importante também frisar que um dos objectos de estudo, como é a tragédia na ponte, é um caso não encerrado que a qualquer momento é susceptível de alterações.

Depois de analisar os quadros, chegou a altura de responder às questões anteriormente levantadas.
A noticia mais mediatizada durante a semana de estudo, foi sem dúvida a tragédia do rio Douro, que além de ser primeira página do jornal todos os dias, atingiu o seu pico na terça-feira com 20% das páginas, foi sem dúvida o dia em que mais se escreveu sobre a tragédia, mas que apesar de tanto se escrever as causas continuaram por apurar.
A percentagem obtida na terça-feira, foi diminuindo com o decorrer da semana e o desgastar da informação que se começava a tornar repetitiva e monótona se continuasse ao mesmo ritmo informativo.
Os subtemas mais abordados durante a semana foram sem dúvida as operações de resgate e as opiniões políticas, assim como o inquérito sobre o qual quarta-feira tanto se escreveu. Apesar das páginas gastas a escrever sobre as presumíveis causas e responsabilidades do acidente, a realidade é que muito se disse e quase nada se soube, ainda esperamos respostas e conclusões.
Resta-me, no entanto, concluir que informações sobre a catástrofe no rio não faltaram, a população e em especial os leitores do JN é que podem estar pouco informados. Esperemos que não!